José Geraldo Lucas Júnior se apresentou à polícia na segunda-feira (10) após ficar foragido desde 23 de novembro de 2024, por descumprimento de ordem judicial.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu, pela segunda vez, a prisão domiciliar do advogado José Geraldo Lucas Júnior, suspeito de matar o barbeiro Lucas Souza de Araújo, em janeiro de 2021.
José Geraldo foi preso pela primeira vez pouco mais de um mês após o crime. Na época, ele confessou ter matado a vítima e alegou que se sentiu ameaçado. O advogado estava na companhia de Jeã Silva dos Santos, que também foi indiciado e cumpre prisão domiciliar. Ambos respondem pelo crime de homicídio.
No dia 27 de julho de 2021, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) pediu a prisão domiciliar do advogado, alegando que ele estava preso em local inapropriado, já que o estatuto da OAB exige condições específicas para a detenção de advogados. O TJ-BA acatou o pedido e converteu a prisão preventiva em domiciliar no dia 5 de agosto de 2021.
Em 23 de novembro de 2024, a Justiça voltou a decretar a prisão preventiva de José Geraldo por descumprimento da prisão domiciliar. A defesa da vítima comprovou que ele realizou diversas viagens, incluindo deslocamentos para fora do estado.
O advogado se entregou à Polícia Civil da Bahia no dia 10 de fevereiro de 2025 e, um dia depois, teve a prisão preventiva mantida. Na nova decisão, o juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira considerou que, ao se entregar espontaneamente, José Geraldo manifestou arrependimento e respeito à Justiça, o que foi um dos fatores para a concessão da prisão domiciliar.