Mais de 60% dos presídios na Bahia enfrentam superlotação, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Das 27 unidades prisionais do estado, 18 operam acima de sua capacidade. Juntas, essas unidades oferecem 10.954 vagas, enquanto a população carcerária alcança 13.604 detentos, um excedente de 2.650 presos.
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Casos emblemáticos ilustram o problema. O Conjunto Penal de Feira de Santana, com capacidade para 1.280 presos, atualmente abriga 1.946 internos, 666 além do limite. Em Salvador, a Penitenciária Lemos Brito possui 1.409 detentos, embora sua capacidade seja de 900. Já no extremo sul da Bahia, o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas apresenta quase o dobro da lotação permitida, com 608 presos ocupando um espaço projetado para 316.
A situação alarmante ficou evidente na última semana, com a fuga de 16 presos do Conjunto Penal de Eunápolis, que também sofre com a superlotação. Até esta quarta-feira (18), nenhum dos fugitivos havia sido recapturado, destacando os desafios enfrentados pelo sistema penitenciário baiano.