O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol enfrenta críticas intensas após ordenar a decretação da lei marcial no último dia 3, decisão que ele justificou como um ato de desespero diante de uma crise política crescente. O episódio envolveu a substituição da legislação normal por leis militares, o fechamento da Assembleia Nacional e controle sobre a imprensa, provocando protestos e resistência parlamentar.
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Fonte: BBC NEWS Brasil
Ordem de retirada forçada no Parlamento
Nesta terça-feira (10), foi revelado que Yoon ordenou que os militares retirassem à força os deputados do Parlamento durante a votação contra a lei marcial. Apesar da medida, o parlamento conseguiu votar e revogar o decreto apenas seis horas após sua implementação.
Impeachment frustrado
No último fim de semana, a oposição tentou aprovar o impeachment de Yoon, mas o esforço fracassou devido ao boicote dos parlamentares do Partido do Poder Popular, que garantiram a manutenção do presidente no cargo. A moção de impeachment precisava de 200 votos, mas alcançou 192.
Reações e desculpas
Após o revés, Yoon pediu desculpas ao público:"Gostaria de pedir sinceras desculpas ao povo que ficou chocado com a situação", afirmou, embora tenha descartado a possibilidade de renúncia.
A decisão de decretar a lei marcial foi criticada como uma tentativa autoritária de conter a oposição, descrita por Yoon como “forças pró-Coreia do Norte”.
Contexto político e econômico
A crise ocorre em um momento de baixa popularidade do presidente e conflito intenso entre governo e oposição, especialmente após o Partido Democrata ampliar sua maioria parlamentar em abril e rejeitar o orçamento proposto pelo governo, impondo cortes significativos.
A Coreia do Sul, conhecida por sua estabilidade democrática, enfrenta um momento de incerteza e polarização, com protestos crescentes nas ruas pedindo mudanças no comando político do país.