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Escolas em Salvador sob o controle de facções e tribunais do crime.

Foto do escritor: Rádio CulturaRádio Cultura

Em algumas áreas de Salvador, a atuação das facções criminosas vai além do tráfico de drogas. As escolas estão sendo vigiadas de perto por membros dessas facções, que chegam a instituir um “tribunal do crime” para julgar estudantes envolvidos em brigas. Segundo relatos de gestores escolares, o simples fato da Ronda Escolar visitar algumas dessas instituições já é o suficiente para gerar tensão e despertar a vigilância das lideranças do crime.


Foto: Marina Silva.


Um gestor de uma escola em uma área controlada pelo Comando Vermelho (CV) descreve como os traficantes monitoram a chegada da Ronda Escolar.


O esquema das facções vai além do simples controle das escolas: elas instituem um tipo de "tribunal" para julgar os estudantes que se envolvem em conflitos dentro da escola. Um exemplo recente citado foi o caso de duas alunas que se envolveram em uma briga. As mães das estudantes foram levadas ao "tribunal do crime", onde decidiram que a aluna que agrediu a outra deveria pagar pelos medicamentos da vítima.


Policiais relatam que muitos educadores preferem se comunicar com a polícia de maneira discreta, usando aplicativos de mensagens, para evitar que sua colaboração seja notada pelos traficantes.


Diretores de escolas que atuam nessas áreas explicam que a principal preocupação das facções é evitar qualquer situação que chame a atenção da polícia. No entanto, muitos estudantes, chamados de "empolgados" pelas lideranças do tráfico, acabam se envolvendo em brigas para exercer poder sobre os outros alunos. Quando isso acontece, esses jovens, geralmente com idades entre 14 e 16 anos, são rapidamente cooptados pelas facções e abandonam a escola.


Um gestor escolar revela que, em janeiro, três alunos que haviam começado a se envolver com o tráfico foram mortos. Esses adolescentes, provenientes de famílias em situação de vulnerabilidade, são atraídos pela promessa de dinheiro e poder oferecidos pelo crime.


A identidade dos educadores, assim como a localização das escolas envolvidas, foi preservada para garantir a segurança dos envolvidos, evitando possíveis represálias do crime organizado.

 
 
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