James Silva Correia, ex-secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico da Bahia durante os governos de Jaques Wagner e Rui Costa, foi denunciado por sua ex-companheira, Magali Viana, por assédio sexual, perseguição e violência psicológica. O caso envolve comportamentos abusivos após o fim de um relacionamento de 15 anos e está sendo acompanhado pelo Ministério Público da Bahia, após ser indiciado pela Polícia Civil.

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Mesmo após o término, os dois continuaram a morar no mesmo apartamento no bairro da Vitória, com cada um ocupando um quarto. A situação se agravou quando James fez modificações na residência, como furar o quarto de Magali e instalar fios. Ao perceber a invasão de sua privacidade, Magali se mudou para outro quarto, mas, em seguida, James fez cópias das chaves do novo ambiente.
Magali também relatou episódios de importunação, como a instalação de câmeras de segurança e a colocação de gravadores em momentos íntimos. Além disso, ela afirmou que recebeu fotos e vídeos sem seu consentimento, além de mensagens e e-mails de teor sexual. Apesar de bloqueado no aplicativo de mensagens, James continuou a contatar Magali por outros meios, incluindo e-mails, e fez ameaças de bloquear seus cartões de crédito.
A situação escalou para uma perseguição mais intensa. James passou a rondar o condomínio onde Magali morava e frequentava a academia do local, além de ameaçar invadir seu apartamento. Diante das circunstâncias, a defesa de Magali solicitou uma medida protetiva de urgência, a qual foi concedida pela Justiça.
A defesa de James, por sua vez, negou as acusações, alegando que as fotos íntimas trocadas entre o casal eram uma prática comum e que as ações de James tinham o objetivo de ter acesso a materiais de trabalho e pertences pessoais de Magali. Ele também refutou qualquer acusação de violência, afirmando que a separação ocorreu de forma amigável e que Magali era autônoma e capaz de tomar suas próprias decisões.
O caso está sendo acompanhado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que, após investigar as denúncias, indiciou James Silva por invasão de privacidade e por desestabilizar emocionalmente Magali com atitudes de controle.
Agora, o Ministério Público da Bahia solicita a abertura de um processo criminal para investigar mais a fundo os fatos, ouvir testemunhas e colher provas, com o intuito de garantir que o ex-secretário seja responsabilizado pelos crimes cometidos.