Após a devastadora enchente de 2024, que deixou milhares de pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul, os gaúchos agora sofrem com um verão escaldante, com temperaturas próximas dos 40°C.
A costureira Solange dos Santos Salazar, moradora de Porto Alegre, perdeu bens e mercadorias no valor de R$ 200 mil durante a cheia que inundou sua casa de dois andares. Agora, o calor intenso a obriga a interromper o trabalho para se refrescar. "Não consigo trabalhar com esse calor. Tenho de fazer uma pausa, tomar um banho e me recompor", conta ela, que perdeu aparelhos de ar-condicionado e ventiladores na enchente.
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O vendedor Paulo Nunes também sente os impactos das altas temperaturas. Ele abriu um quiosque no Parque Marinha, aproveitando o momento de recuperação da capital, mas a clientela tem diminuído. "Quem passa por aqui só quer saber de consumir água", relata, vendendo garrafas a R$ 5.
Enquanto isso, moradores como a faxineira Aline Junqueira, que escapou da enchente, agora enfrentam o calor sufocante dentro de casa. "Está horrível. Só deveria sair de casa quem precisa", desabafa.
O verão de 2025 já entra para a história como um dos mais quentes da região, dificultando ainda mais a vida de quem tenta se reerguer após a tragédia do ano passado.