A medida, já aprovada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e aguardando análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visa combater os impactos negativos do excesso de telas na vida de crianças e adolescentes.
Fonte: WIX
O Cenário Atual
Estados como Rio de Janeiro e São Paulo já possuem legislações específicas, enquanto outros avançam com iniciativas próprias das escolas. O movimento é respaldado por um relatório da Unesco, publicado em 2023, que aponta uma relação negativa entre o uso excessivo de tecnologias e o desempenho acadêmico e a saúde mental dos estudantes. Desde a divulgação do estudo, países como Espanha e Portugal implementaram restrições semelhantes.
Impactos na Saúde e no Desenvolvimento
Suzana Lyra, neuropsicóloga e diretora do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento, alerta que a exposição excessiva a telas pode gerar ansiedade, dificuldades de concentração e problemas de sono. “A luz azul dos aparelhos afeta a qualidade do sono, enquanto o excesso de estímulos prejudica o foco e contribui para o isolamento social”, explica.
Além disso, uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que o uso noturno de telas influencia negativamente os hábitos alimentares, levando ao consumo de ultraprocessados e aumentando os riscos de obesidade e doenças crônicas.
Um Convite ao Equilíbrio
Embora a tecnologia seja parte essencial da vida moderna, encontrar um equilíbrio é fundamental. Limitar o tempo de uso, incentivar atividades ao ar livre e promover interações presenciais são caminhos para um uso mais saudável.
“Resgatar a conexão com os pais, amigos e espaços coletivos, como parques e praias, é essencial. Aproveitar momentos sem telas, especialmente na hora de dormir, ajuda a melhorar o bem-estar e a saúde das crianças”, conclui Suzana Lyra.
A proibição do uso de celulares em sala de aula é mais do que uma medida disciplinar; é um passo importante para proteger o futuro de uma geração, promovendo saúde, aprendizado e socialização de forma equilibrada.