Os incêndios que assolam Los Angeles seguem fora de controle, alimentados pelos fortes ventos de Santa Ana, que nesta segunda-feira (13) voltaram com força total, registrando rajadas de até 113 km/h. Considerados os piores da história da cidade, os focos já destruíram uma área superior a 160 km², maior que a cidade de São Francisco, e consumiram cerca de 12.300 imóveis.
Foto: Jae C. Hong/ AP.
Até o momento, o número de mortos subiu para 24, e 16 pessoas seguem desaparecidas, segundo autoridades locais. Os ventos secos têm espalhado brasas a até 3 km das linhas de combate, agravando ainda mais a situação. Regiões como Pacific Palisades, com apenas 13% de contenção, e Eaton/Pasadena, com 27%, estão entre as mais afetadas.
O Serviço Nacional de Meteorologia alertou que as condições críticas para o avanço do fogo devem continuar até quarta-feira (15), com uma combinação de ventos fortes, baixa umidade e vegetação extremamente seca. Equipes de combate trabalham incessantemente para conter as chamas, com o apoio de mais de 14 mil bombeiros, 1.354 caminhões, 84 aeronaves e reforços vindos de nove estados americanos e do México.
Enquanto isso, toda a população do Condado de Los Angeles, que soma cerca de 10 milhões de pessoas, está em alerta e pode ser obrigada a evacuar devido ao risco das chamas e da fumaça tóxica. Para evitar que moradores retornem a áreas perigosas, um sistema online está sendo criado para informar sobre danos às residências.
Os prejuízos já ultrapassam US$ 150 bilhões, segundo estimativas preliminares. Em meio à tragédia, as autoridades também enfrentam uma onda de saques, com cerca de 10 prisões diárias sendo registradas. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou que o estado “NÃO permitirá saques”, reforçando a presença policial nas áreas afetadas.
A previsão é que a intensidade dos ventos aumente ainda mais na terça-feira (14), representando um desafio maior para as equipes de combate. Apesar das dificuldades, novos recursos, como 70 caminhões-pipa adicionais, estão sendo mobilizados para enfrentar a emergência. A situação continua crítica, e as autoridades pedem cooperação da população enquanto trabalham para conter o desastre.