Um grupo de jogadores importantes do futebol brasileiro iniciou uma campanha nas redes sociais contra o uso de gramados sintéticos nos estádios do país. Entre os nomes que aderiram ao movimento estão Neymar (Santos), Thiago Silva (Fluminense), Lucas Moura (São Paulo), Gabigol (Cruzeiro), Dudu (Cruzeiro), Gerson (Flamengo), Cássio (Cruzeiro), Philippe Coutinho (Vasco), Bruno Henrique (Internacional) e Alan Patrick (Internacional). Todos postaram a mesma mensagem em suas redes sociais, expressando descontentamento com os campos artificiais.
A frase central do movimento é: "Futebol profissional não se joga em gramado sintético." Segundo os jogadores, a insatisfação está relacionada à qualidade do jogo nesses campos, além dos possíveis impactos físicos que eles podem causar. O grupo argumenta que o futebol brasileiro, com sua tradição e representatividade mundial, não deveria sequer cogitar essa alternativa.

Fonte: Daniel Castelo Branco
Atualmente, três clubes da Série A do Campeonato Brasileiro possuem gramado sintético ou estão em fase de mudança: Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG. Nos últimos anos, o debate sobre esse tipo de campo tem crescido, especialmente após a adoção desse modelo pelo Palmeiras, em 2020. O clube paulista argumenta que a grama sintética melhora a drenagem e reduz custos de manutenção, além de oferecer um campo uniforme ao longo do ano, independentemente das condições climáticas.
Entretanto, muitos jogadores acreditam que o sintético muda a dinâmica do jogo e aumenta o risco de lesões. Eles afirmam que a solução para gramados ruins não é a substituição pelo sintético, mas sim o investimento na melhoria e manutenção dos campos naturais.
O movimento gerou grande repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre torcedores e especialistas. Enquanto alguns defendem que os jogadores precisam se adaptar às novas condições, outros apoiam a iniciativa e reforçam que o Brasil, como um dos maiores centros do futebol mundial, deveria priorizar gramados naturais de alta qualidade.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se pronunciou sobre a campanha, mas o tema deve ser debatido ao longo da temporada, especialmente com a crescente adoção dos gramados sintéticos no país.