A Bahia ocupa a segunda posição no ranking nacional de estados com maior número de crianças e adolescentes submetidos ao trabalho infantil, segundo o estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil (2017-2023), divulgado pelo Unicef. O levantamento, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), aponta que 112,4 mil crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, enfrentam essa realidade no estado.

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Bahia no ranking nacional
2º lugar na categoria de privação intermediária, que considera trabalho infantil entre 10 e 30 horas semanais, a depender da idade.
3º lugar na categoria de privação extrema, quando o tempo de trabalho excede 30 horas semanais, afetando 68,4 mil crianças e adolescentes baianos.
O estado fica atrás apenas de São Paulo, que lidera com 221 mil casos, e Minas Gerais, que ocupa a terceira posição na categoria extrema, com 70,2 mil vítimas.
Impactos e desafios
O estudo do Unicef analisa sete dimensões de direitos básicos, incluindo educação, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. A pesquisa evidencia a necessidade de políticas públicas mais efetivas para erradicar essa realidade e garantir um futuro digno para milhares de crianças e adolescentes no estado.