A carreta envolvida no acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), em dezembro passado, chegou a trafegar a 132 km/h antes da tragédia. No momento da colisão, o veículo estava a 90 km/h, acima do limite permitido de 80 km/h.

Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação.
O motorista Arilton Bastos Alves foi preso na manhã desta terça-feira (21), no Espírito Santo, após decisão judicial que apontou imprudência extrema. Além do excesso de velocidade, ele admitiu não verificar o peso da carga transportada, que no dia do acidente ultrapassava 91 toneladas, quase o dobro do permitido. Segundo a investigação, o tombamento do segundo semirreboque e o desprendimento de um bloco de granito foram as principais causas da colisão fatal.
Outro fator agravante foi o laudo toxicológico realizado dois dias após o acidente, que confirmou que o motorista estava sob efeito de álcool, cocaína, ecstasy e outras substâncias. O juiz Danilo de Mello Ferraz decretou a prisão preventiva, destacando que o histórico do caminhoneiro já incluía infrações relacionadas à condução sob efeito de álcool. A defesa do acusado afirmou estar surpresa com a decisão e que tomará as medidas cabíveis para garantir o devido processo legal. As investigações continuam para apurar todas as circunstâncias do acidente.