Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) dos EUA, ameaçou colocar em licença administrativa os funcionários do governo que não retornarem ao trabalho presencial nesta semana. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Musk afirmou que aqueles que ignoraram a ordem executiva do presidente Donald Trump para retornar ao trabalho já haviam sido avisados por mais de um mês, e que a partir desta semana, os que não voltarem ao escritório serão afastados.
Musk foi escolhido por Trump para ajudar a reduzir os custos do governo e também atua como conselheiro do presidente. A ameaça de Musk, a segunda direcionada aos funcionários federais, está relacionada aos esforços do governo Trump para acabar com o home office, uma prática adotada durante o período de lockdown por causa da pandemia de Covid-19.

Fonte: Trevor Cokley—U.S. Air Force/U.S. Department of Defense
Além disso, o governo Trump começou a exigir que os trabalhadores federais prestassem contas sobre o trabalho realizado recentemente, com a ameaça de perderem o emprego caso não cumprissem a solicitação. Isso gerou resistência, com agências como o Pentágono e o FBI instruindo seus funcionários a não atender ao pedido de Musk. A confusão gerada por essas ordens gerou atritos entre Musk e algumas figuras-chave da administração Trump.
No último sábado (22), os funcionários federais receberam um e-mail do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), solicitando informações sobre as tarefas realizadas na semana anterior. Muitos foram aconselhados a não responder imediatamente. O Departamento de Defesa, o FBI e outras agências federais pediram que seus funcionários "pausassem" qualquer resposta a esse e-mail.
A Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE), maior sindicato do setor público, se comprometeu a contestar qualquer demissão ilegal decorrente dessa situação. Musk, que também é o maior doador de Trump, lidera o DOGE com o objetivo de reduzir desperdícios e cortar gastos no governo federal, embora sua iniciativa tenha enfrentado resistência e decisões judiciais divergentes.