Policial penal é afastado após operação que investiga cobrança de dinheiro para presos saírem do presídio na BA.
- Rádio Cultura
- 31 de mar.
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Um policial penal foi afastado das atividades após uma operação que investiga um esquema de cobrança de valores para permitir que presos da Casa do Albergado e Egresso (CAE), em Salvador, passassem noites ou fins de semana fora da unidade.

Foto: Hildazio Santana/Seap.
Francisco Carlos da Cunha, suspeito de envolvimento no esquema, foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira (31). O afastamento ocorreu na última quinta-feira (27), conforme a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Esquema de corrupção
As investigações, conduzidas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), apontam que o policial penal cobrava entre R$ 20 e R$ 70 por dia para permitir a saída dos detentos, com valores maiores para feriados e períodos prolongados.
Os presos que pagavam a propina tinham suas ausências encobertas com assinaturas retroativas no livro de presenças. O esquema era amplamente conhecido dentro da unidade, sendo buscado por internos que avançavam do regime fechado para o semiaberto.
Investigações e desdobramentos
O caso faz parte da segunda fase da "Operação Falta Grave", que busca identificar outros envolvidos. Além de Francisco Carlos, quatro suspeitos já haviam sido presos em setembro de 2024 e soltos em fevereiro deste ano, respondendo ao processo em liberdade, mas proibidos de acessar unidades prisionais e de manter contato com outros investigados.
A operação é conduzida pela Seap, em conjunto com o Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) e a Polícia Militar, através do Batalhão de Policiamento de Prevenção a Furtos e Roubos de Veículos (BPFRV).