Um prefeito e cinco vereadores eleitos em 2024 aparecem na lista suja do trabalho escravo do Ministério do Trabalho. Eles são responsáveis por negócios que submeteram trabalhadores a condições degradantes, como falta de água potável, jornadas exaustivas, exposição a substâncias tóxicas e alojamentos precários.

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Entre os casos, há trabalhadores que moravam em barracos de madeira cobertos com lonas, sem acesso a banheiro ou alimentação adequada. Em uma fazenda, os funcionários eram obrigados a fazer suas necessidades no chão. Já em uma carvoaria, funcionários dormiam em locais infestados de ratos e inalavam fumaça tóxica.
Apesar das autuações e multas – algumas superiores a R$ 300 mil –, três dos políticos não quitaram os débitos e estão na dívida ativa da União. No entanto, como não foram condenados judicialmente, podem exercer seus mandatos.
Os eleitos envolvidos são:
Marcus Rinco (União) – Prefeito de Alto Paraíso de Goiás (GO), dono de uma carvoaria interditada por falta de água e banheiros.
Fernando Morandi (PSB) – Vereador de Porto Vitória (PR), proprietário de uma cerâmica onde trabalhadores ficavam expostos a fumaça tóxica e dormiam em alojamentos precários.
Eduardo Lima (PSB) – Vereador de Beberibe (CE), dono de uma fazenda onde funcionários, incluindo adolescentes, trabalhavam sem folga e sem água potável.
Fabiano (MDB) – Vereador de Vera Mendes (PI), responsável por uma pedreira onde trabalhadores dormiam em barracos de lona e cozinhavam em fogueiras improvisadas.
Manoel Nascimento (Republicanos) – Vereador de Amarante (PI), dono de uma empresa de extração de pedras onde os empregados dormiam em alojamentos de palha sem saneamento.
Gilvan Macedo (Avante) – Vereador de Ipirá (BA), multado por não pagar direitos trabalhistas e por explorar funcionários sem registro em sua transportadora.
Mesmo após os flagrantes, alguns dos envolvidos alegam ter corrigido as irregularidades, enquanto outros não se manifestaram.