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Queda na popularidade de Lula pode ter reflexos na economia, apontam especialistas.

Foto do escritor: Malu RochaMalu Rocha

A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode afetar diretamente a economia brasileira, de acordo com economistas. A recente pesquisa Datafolha revelou que 41% dos eleitores reprovam o presidente, o maior índice já registrado em seus três mandatos. A baixa aprovação está sendo vista por especialistas como um possível fator para mudanças em políticas econômicas que podem impactar as finanças públicas.


O economista Hugo Garbe alertou que a diminuição na popularidade de Lula pode levar a uma série de medidas de estímulo imediato, como o aumento de benefícios sociais e do salário mínimo, que, se não forem bem planejadas, podem gerar um impacto fiscal negativo, aumentando o endividamento público. "Essas medidas podem aumentar o consumo das famílias de baixa renda, mas se não houver um planejamento adequado, isso pode elevar a dívida pública e gerar desafios futuros", explicou Garbe.

Fonte: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil


Outro ponto levantado foi a pressão sobre o Banco Central para reduzir a taxa de juros. Apesar da expectativa de uma queda da Selic, o Banco Central, por unanimidade, decidiu aumentar a taxa em 1 ponto percentual no final de janeiro, mantendo-a em 13,25% ao ano, com a possibilidade de novos aumentos. Para Garbe, uma redução forçada da taxa sem o controle adequado da inflação pode gerar instabilidade e prejudicar o crescimento econômico no longo prazo.


O economista VanDyck Silveira, CEO da Humaitá, também alertou para o risco de uma abordagem populista, com o aumento de benefícios sociais sem planejamento, o que poderia levar a uma inflação mais alta e um aumento rápido do endividamento público. Silveira sugeriu um "freio fiscal" para ajudar no combate à inflação e propôs cortes de gastos com medidas mais perenes, como a desvinculação da Previdência e do salário mínimo da arrecadação, corrigindo-os apenas pela inflação.


A política econômica do governo também está sendo influenciada pela mudança no discurso de Lula, conforme observou o professor César Bergo, da UnB. Ele ressaltou que o presidente tem adotado uma estratégia de comunicação diferente, fazendo críticas a empresários e instituições para se aproximar da população, mas alertou que isso pode não ter o efeito desejado, especialmente diante dos desafios econômicos, como a alta dos preços de alimentos e transporte.


Por fim, Garbe destacou que o mercado financeiro é sensível a incertezas políticas. A adoção de medidas consideradas arriscadas ou populistas pode aumentar a aversão ao risco dos investidores, resultando em uma desvalorização do real, aumento dos juros futuros e maior volatilidade no mercado de ações, o que torna o planejamento econômico mais difícil tanto para empresas quanto para consumidores.


Dessa forma, a crise de popularidade de Lula pode gerar impactos econômicos significativos, influenciando desde as políticas fiscais até o mercado financeiro, com consequências para a estabilidade da economia nos próximos anos.

 
 
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