O ex-presidente dos Estados Unidos e atual presidente eleito, Donald Trump, anunciou que sua nova administração buscará expandir o uso da pena de morte no país. Em uma declaração nesta terça-feira (24), Trump informou que vai ordenar ao Departamento de Justiça que maximize os esforços para condenar "estupradores, assassinos e monstros" ao corredor da morte.
Imagem: Rick Scuteri/ AP
Esse posicionamento de Trump surge em forte contraste com as ações do atual presidente, Joe Biden, que recentemente comutou as penas de morte de 37 dos 40 condenados pela Justiça federal para prisão perpétua. Com essa decisão, Biden impede que Trump retome as execuções desses indivíduos ao reassumir a presidência em janeiro de 2025.
Entre os poucos casos ainda sujeitos à pena capital estão os de alto impacto público, como o de Dylann Roof, responsável pelo assassinato de nove membros de uma igreja negra em 2015, Dzhokhar Tsarnaev, autor do atentado da Maratona de Boston em 2013, e Robert Bowers, que matou 11 pessoas em uma sinagoga em 2018.
A postura de Biden, declaradamente contrária à pena de morte, incluiu a implementação de uma moratória em 2021 para reavaliar os protocolos federais de execução. Ele também reforçou que sua decisão de comutar penas é uma medida moral e política, declarando: “Em sã consciência, não posso recuar e deixar uma nova administração retomar as execuções que eu interrompi.”
Já Trump, um defensor ferrenho da pena capital, reforçou sua intenção de ampliar as execuções durante sua campanha de 2024. Entre suas promessas estão penas de morte para traficantes de drogas e de pessoas, além de elogios ao rigor das leis chinesas contra o tráfico. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia proposto punições severas, incluindo execuções para traficantes, como parte de sua política antidrogas.
O tema promete ser um ponto central de debate político e jurídico nos próximos anos, especialmente considerando os impactos sobre o sistema penal e os direitos humanos nos Estados Unidos. A possível ampliação da pena de morte deve gerar discussões intensas, tanto no Congresso quanto entre a população.